A dívida bruta3 consolidada da AES Tietê encerrou 30 de setembro de 2020 em R$ 4,8 bilhões, 12,8% superior à posição de dívida bruta do mesmo período de 2019 (R$ 4,3 bilhões) especialmente em função da captação de R$ 500,0 milhões através da 4ª, 5ª e 6ª emissões de notas promissórias, no segundo trimestre deste ano, para fazer frente ao possível cenário de stress acarretado pela pandemia de Covid-19.
Em 30 de setembro de 2020, as disponibilidades somavam R$ 2,0 bilhões, montante superior em 53,1% ao valor registrado em 30 de setembro de 2019 (R$ 1,3 bilhão), principalmente em função (i) das captações da 4ª, 5ª e 6ª Emissões de Notas Promissórias, que foram emitidas para reforçar a posição de caixa e liquidez da Companhia durante a pandemia e não houve necessidade de uso dos recursos; e (ii) do aumento da geração de caixa entre os períodos, resultado da estratégia comercial adotada pela Companhia e da entrada em operação dos projetos AGV e Boa Hora no 2S19.
Desta forma, a dívida líquida consolidada no final do 3T20 era de R$ 2,8 bilhões, montante inferior em 4,8% à posição registrada no mesmo período do ano anterior (R$ 3,0 bilhões).
Os gráficos a seguir apresentam a composição dos indexadores do endividamento da AES Tietê no período, bem como o cronograma de amortização, ambos de forma consolidada.
Cronograma de amortização da dívida4 (R$ milhões) Dívida Bruta por Indexador5

Custo (%) e Prazo Médio6
Covenants
O limite mais restritivo estabelecido pelas dívidas da Companhia é de 3,85x, para a razão entre a Dívida Líquida e o Ebitda Ajustado7,além do índice de cobertura de juros, o qual não poderá ser inferior a 1,50x. Em linha com a estratégia de diversificação de fontes da Companhia, as novas dívidas emitidas já possuem limite maior, com a alavancagem variando entre 4,0x e 4,5x e restrição do índice de cobertura de juros de 1,25x
O índice de alavancagem (Dívida Líquida/Ebitda Ajustado) encerrou o terceiro trimestre em 2,35x. O índice de cobertura de juros (Ebitda Ajustado/Despesas Financeiras) fechou o 3T20 em 4,91x.
Dívida Líquida (R$ bilhões) e Alavancagem (x)

Rating
A Companhia mantém seus ratings equivalentes a AA+ e estáveis na Moody’s e Fitch Ratings. No mês de agosto, ambas as agências de rating que a cobrem divulgaram relatórios reafirmando tal resultado, corroborando a robustez e liquidez da Companhia.
1 Saldo contábil atualizado, considerando principal, juros e custos da transação.
2 Não considera arrendamento financeiro.
3 Considera Empréstimos, financiamentos e debêntures do passivo circulante e passivo não circulante.
4 Fluxo composto por amortização de principal.
5 Valores relativos ao principal. Não considera arrendamento financeiro.
6 Custo médio da dívida calculado com CDI diário (ano) e IPCA acumulado (últimos 12 meses) na data de fechamento do trimestre. Tanto custo quanto prazo referem-se ao principal da dívida.
7 Ebitda ajustado para incluir os 12 meses dos ativos adquiridos, inclusive o período anterior ao mesmo fazer parte da estrutura da Companhia.
Debêntures
A Companhia realizou 3 emissões de debêntures, sendo que todas as debêntures da 1ª emissão até a 2ª emissão foram devidamente liquidadas e não estão em circulação.
3ª Emissão de Debêntures pela Companhia
Em 31 de outubro de 2006, a Companhia emitiu 80.000 debêntures simples, não-conversíveis em ações, todas nominativas e escriturais, da espécie com garantia real, em série única, com valor nominal unitário de R$ 10 mil, no valor total de R$ 800,0 milhões. As debêntures rendem juros, correspondentes a 100,0% da variação da Taxa DI, capitalizada de um spread de 2,25% ao ano, base 252 dias úteis.
O principal da 3ª Emissão da Brasiliana será amortizado nas seguintes datas:
- 20/Maio/2014 – R$ 160.000.000,00
- 20/Nov/2014 – R$ 160.000.000,00
- 20/Maio/2015 – R$ 160.000.000,00
- 20/Nov/2015 – R$ 160.000.000,00
- 20/Maio/2016 – R$ 160.000.000,00
Total = R$ 800.000.000,00
Documentos da 3ª Emissão